Nova diretora: conheça Bertha Hernández Velázquez
Com um perfil muito alegre, falante e carismático, Bertha contou um pouco da sua trajetória como Irmã
Bertha Hernández Velázquez nasceu no México. Descobriu sua vocação ainda jovem e sempre teve o apoio da família para trilhar o caminho escolhido. Pela Congregação, trabalhou em pensionatos e escolas no México, Estados Unidos, Espanha e recentemente veio para o Brasil. Com um perfil muito alegre, falante e carismático, Bertha contou um pouco da sua trajetória como Irmã e de como está sendo a experiência inicial de gerir a Escola Maria Imaculada.
Por onde esteve
Antes de desembarcar em Porto Alegre e assumir como diretora da Escola Maria Imaculada, Bertha esteve por quatro anos em Santos/SP. ”Lá, fiz parte de um pensionato de moças que vão para trabalhar ou estudar”. Bertha explica que esse pensionato é dedicado a jovens meninas que não têm condições de cursar um ensino regular, então recebem um intensivo de três horas por dia e também capacitação técnica para futuramente poderem trabalhar.
Como veio a Porto Alegre
A decisão foi tomada pela Madre Geral. Bertha nos explica como funciona a hierarquia da Congregação. “Nosso governo é piramidal, certo? Tem a Madre Geral, que toma conta de toda a Congregação, e as Provinciais, que tomam conta das regiões como Brasil, Estados Unidos, México, Argentina, Chile, etc. Então, se elas acham que precisam de uma Irmã em um local, a mudança é feita”.
Experiências com escolas
Professora formada, Bertha adora o ambiente escolar e encara a mudança como um novo desafio, sempre com muito entusiasmo. “Antes de entrar no convento eu trabalhei com crianças. Minha primeira vocação foi o magistério. Eu até falei para a Madre Geral, ‘ah, você sabe para quem pediu’”, brinca.
Bertha já foi diretora em escolas no México e Espanha, onde ensinavam meninas a cozinhar, costurar, cuidar de crianças e idosos, faziam oficinas e aulas de inglês e karatê.
Ser diretora
Bertha diz que ser diretora vem sendo um grande desafio, principalmente pelo método de ensino ser diferente do exercido no México. “Gerir é um desafio, você tem que saber tudo. As regras, os programas, ter um bom relacionamento na secretaria, conhecer a administração”. Entre uma frase e outra, Bertha mostra em sua mesa alguns livros que está estudando. Dois se destacam: as regras da Escola e a Constituição Nacional. Apesar de estar há quatro anos no país, ela brinca que ainda precisa aprender mais.
Adaptação
“Estou gostando do clima. O clima é ótimo aqui, eu gosto do frio. E as pessoas, professores e pais. Tivemos o nosso primeiro encontro e a resposta foi muito boa. Fiquei impressionada. Com os professores, eu me senti muito bem acolhida. Eu acredito que a Ir. Francisca (ex-diretora) e as outras Irmãs foram preparando o terreno, porque eu já senti isso. Assim que eu cheguei, uma criança me perguntou ‘você é a Irmã nova? Eu estava rezando tanto para lhe conhecer’. Me chamou a atenção a palavra, rezando. Dá para sentir que essa Escola é diferente, dá uma sensação de paz, de tranquilidade, as crianças te cumprimentam, perguntam o meu nome, a minha idade. Eu fico feliz com o atendimento que se tem com cada uma das crianças também. Acho que isso faz a diferença.
Idioma
“Eu compreendia o português quase do início. O que acontece, eu trabalhei a primeira vez com um povoado indígena, então o ouvido começou a acostumar. Depois que entrei na Congregação e fui para os Estados Unidos, eu tive que aprender inglês. Depois, fui a Espanha, tive que aprender espanhol. As pessoas não acreditam, mas é como aprender outro idioma, tem gírias e a forma de falar”. Bertha brinca que assim que voltou ao México, perguntaram se ela era espanhola.
“Eu tenho muita facilidade com os idiomas, só que com o português eu me desesperei. É muito difícil, sobretudo a pronúncia. Consigo ler, entender, escrever. As pessoas foram muito pacientes e me ajudaram, e isso foi muito importante”.
Mensagem a alunos e pais
“O mesmo que eu falei para os professores. Nós somos uma equipe. A educação não se vai dar somente na escola. A gente precisa dos professores e dos pais. A formação das crianças precisa de todos, precisamos do apoio de todos. Minha mensagem seria essa, pois queremos o mesmo para as crianças. E não somente no campo intelectual, em todos os campos. Desejamos isso, união”, finaliza.